São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Ano marcou carreira de Milton Kennedy

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O bailarino Milton Kennedy, do Balé da Cidade de São Paulo, está entre os que se destacaram em 1996 e prometem se manter em evidência no ano que se inicia.
Para Kennedy, 30, que dança no Balé da Cidade há oito anos, o ano que passou marcou sua carreira principalmente por causa das ovações recebidas do público europeu em setembro, na França, durante a Bienal de Dança de Lyon.
Na ocasião, o Balé da Cidade também comemorava sua primeira temporada fora do Brasil. Nos três espetáculos realizados em Lyon, Kennedy conquistou platéias com sua técnica e energia.
"Eu tinha 18 anos, ainda servia o Exército, quando comecei a estudar dança clássica", ele conta. "Sou perfeccionista, me dedicava bastante e logo contei com o incentivo dos professores."
Segundo Kennedy, sua decisão em ingressar numa escola de dança surgiu quando ainda era técnico em refrigeração. "Consertava geladeiras, e sempre que voltava de ônibus para casa, olhava para as placas em frente academias de jazz e pensava que a dança poderia diminuir minha timidez."
Ao contrário da época de adolescência, quando se sentia acanhado até para dançar em discotecas, Kennedy se sente plenamente à vontade no palco. "O fato de não ver o público ajuda", comenta.
Ex-aluno da professora Toshie Kobayashi, que preparou a bailarina Andrea Thomioka para o Concurso Internacional de Varna, Kennedy também acaba de conquistar uma indicação para o Prêmio Mambembe de 1996.
No Balé da Cidade de São Paulo, vem ganhando solos nas principais peças do repertório. Um de seus preferidos é "Adagietto", coreografia para um casal, feita pelo argentino Oscar Araiz, sobre a "Sinfonia nº 5", de Mahler.
"Me identifico com a serenidade desta obra, a cujas exigências me adapto facilmente", afirma.
(AFP)

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