São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997 |
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Presidente uruguaio acusa Peru
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O presidente do Uruguai, Julio Sanguinetti, considerou um "ataque" ao seu país as declarações dadas pelo presidente do Peru, Alberto Fujimori, sobre a libertação do embaixador uruguaio em Lima.Fujimori disse ter sido "um erro" a libertação em 24 de dezembro de dois supostos membros do Tupac Amaru que estavam presos no Uruguai. A decisão foi tomada pela Justiça. Logo depois, o embaixador uruguaio, Tabaré Bocalandro, refém do MRTA, foi libertado. O presidente peruano disse que atitudes como essa "fortalecem o terrorismo". "Estamos sendo atacados porque injustamente, gratuitamente, nos estão responsabilizando por uma negociação que, todos sabemos, não existiu", afirmou Sanguinetti. O presidente uruguaio disse que muitas vezes não se entende que "esta é uma democracia efetiva e real em que os juízes atuam com independência". O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Alvaro Ramos, viajou anteontem ao Japão para tentar contornar um possível mal-estar gerado pelo incidente. Ramos disse que foi explicar às autoridades japonesas "qual foi a estratégia uruguaia e a total desvinculação da decisão da Justiça com a liberação do embaixador uruguaio". Na semana passada, o premiê japonês, Ryutaro Hashimoto, criticou "a atitude unilateral do Uruguai" no episódio. Texto Anterior: Crise não afeta o país, afirma presidente Próximo Texto: Governo estuda saída militar para crise Índice |
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