São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Governo estuda saída militar para crise

DO "THE INDEPENDENT"; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

s agências internacionais
O presidente do Peru, Alberto Fujimori, está estudando a possibilidade de atacar o prédio da residência do embaixador japonês para tentar libertar os reféns em poder do MRTA.
A informação foi dada por fontes próximas ao presidente. Elas disseram que Fujimori tem recebido orientações de assessores militares dos Estados Unidos e de outros países para planejar um eventual ataque.
As fontes afirmaram, porém, que a invasão da casa é "apenas uma opção considerada seriamente, mas o presidente ainda espera uma solução pacífica".
Equipes da polícia peruana têm praticado o assalto em uma réplica da residência do embaixador japonês, em um local secreto.
Segundo as fontes do governo peruano, um ataque à casa, se bem-sucedido, durará não mais de três minutos, mas o número de vítimas entre os reféns deve ser grande.
Acredita-se que Fujimori esteja cada vez mais irritado com a atenção dispensada pela mídia aos guerrilheiros.
A gota d'água parece ter sido a entrevista coletiva dada pelo comandante do sequestro, Nestor Cerpa Cartolini, na véspera do Ano Novo. Cerpa chamou o governo Fujimori de "ditadura".
Risco
O representante do MRTA na Europa, Isaac Velazco, disse que a partir de agora há mais risco de o governo peruano optar por uma saída militar para a crise dos reféns.
"As negociações foram frustradas pela atitude intransigente do chefe de Estado peruano", disse Velazco, que vive em Hamburgo (Alemanha) desde 1994.
O representante do grupo guerrilheiro disse que o MRTA não vai tomar a iniciativa de executar os reféns, mas "não conhece a palavra rendição".
"A única execução que vai haver é a que ordenar o senhor Alberto Fujimori se optar por uma saída militar", disse Velazco.
O representante do MRTA reiterou a intenção do grupo de continuar tratando da melhor maneira possível os "prisioneiros de guerra" detidos na residência do embaixador japonês.

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