São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Mais mortes ; Rios congelados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Franceses sem-teto invadem hotel
Onda de frio que matou dezenas e provoca acidentes deve continuar, dizem meteorologistas
Mais de 30 sem-teto invadiram ontem um hotel de Paris para protestar contra sua situação de desamparo. A onda de frio já matou 15 pessoas na França.
Os sem-teto colaram uma placa de madeira no chão de mármore do Grand Hotel de Paris, em que se lia: "Para aqueles que morreram de frio".
A onda de frio que assola a Europa causou dezenas de mortes, congelou várias hidrovias e provocou diversos engavetamentos de automóveis. Segundo os meteorologistas, as baixas temperaturas devem continuar.
Os únicos a comemorar a onda de frio são os fornecedores de óleo, já que um aumento da demanda de energia é esperado.
Mais mortes
Entre os vários acidentes provocados pelas fortes nevascas, uma mulher morreu e 16 pessoas ficaram feridas num engavetamento numa estrada próxima a Modena (norte da Itália).
Na Alemanha e no Reino Unido, pessoas que comemoraram o Ano Novo na rua morreram de frio depois de, embriagadas, não conseguirem voltar para casa.
O frio também é culpado de causar algumas mortes entre pessoas que moram em casas sem aquecimento, como um habitante de Antuérpia (Bélgica) de 53 anos.
Um homem morreu e outro ficou gravemente ferido numa avalanche que caiu na região nordeste da Itália.
Rios congelados
Rios e canais europeus foram atingidos pelo frio extremo.
Autoridades austríacas de navegação disseram que grande parte do Danúbio, a hidrovia mais movimentada no sentido leste-oeste da Europa, estava fechada.
"Se o tempo continuar assim, vai demorar ao menos mais uma semana para que o rio reabra", disse um porta-voz da polícia fluvial de Viena (Áustria). As temperaturas na Áustria são as mais baixas dos últimos 30 anos.
Na Bélgica, o rio Meuse congelou, impedindo completamente o trânsito de barcaças. Uma tentativa de quebrar o gelo no rio foi abandonada. O frio excessivo impediu que se ligassem os motores de máquinas especialmente construídas para quebrar gelo.
Os britânicos estão fazendo apostas sobre o tempo. Uma inglesa vai ganhar o equivalente a US$ 1.700 se o rio Tâmisa congelar no centro de Londres (capital do país) pela primeira vez desde 1814. Um agente de apostas promete 200 vezes o valor apostado caso ocorra o congelamento.

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