São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997 |
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Exportar é que importa; Linha de montagem; No forno; Sala cheia; Dúvida cruel; Nas prateleiras; Erro de avaliação; Trocadilhos; Prazos maiores; Processo saudável; Empurrão taxativo; Público-alvo; Vício após vício -1; Vício após vício - 2; Nada é perfeito Exportar é que importa O secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros, diz estar convencido do aumento das exportações em 97. Nas contas do governo, somente o saldo comercial (exportações e importações) agrícola será US$ 1 bilhão maior. Linha de montagem Mendonça de Barros lembrou que o processo de investimento em curso no setor automotivo (montadoras e autopeças) vai começar a impactar positivamente a balança. "As exportações devem crescer US$ 1,5 bilhão." No forno O secretário está também otimista com o processo de ajuste das contas públicas. "As condições para um avanço estão amadurecendo", afirma, para depois completar: "Se, para o mercado, a emoção vai ficar na balança, o decisivo será mesmo o lado fiscal". Sala cheia Mais um grupo estrangeiro está interessado na Vale do Rio Doce. A empresa australiana de mineração Western Mine reservou o "Data Room" para o final de janeiro. A CSN inicia suas consultas sobre a Vale amanhã. Outras seis empresas já compraram informações. Dúvida cruel Para um analista de banco, mais importante do que o saldo comercial de dezembro é saber se sobrou ou não estoques do Natal, "o que só o saldo de janeiro vai começar a dizer". É o que se debate atualmente no mercado financeiro. Nas prateleiras Na avaliação da MCM, sobraram estoques tanto na indústria como no comércio. Os estoques são excessivos, mas não haverá, avalia a consultoria, uma explosão de férias coletivas. Mas as importações devem cair. Erro de avaliação Segundo a MCM, indústria e comércio não perceberam que o salto do consumo ocorrido em agosto e setembro foi um ajuste à retomada do crédito (era uma mudança de patamar e não de tendência). Resultado: superdimensionaram as vendas de Natal. Trocadilhos Os juros dos títulos de 30 anos dos EUA têm oscilado tanto no mercado financeiro e provocando tantos prejuízos com títulos e ações que os operadores passaram a chamar os "long bonds" de "long-dong". Prazos maiores Os bancos estão alongando os prazos de financiamento. As operações de mais de um ano passaram, nos seis primeiros meses de 96, de 31% para 36% do total da carteira. Os dados, por amostragem das maiores instituições privadas, são da EF&C. Processo saudável "O total de empréstimos ficou praticamente o mesmo no período, o que mostra que houve, de fato, um deslocamento", diz Carlos Coradi, da EF&C, que completa: "É um processo saudável e resultado direto da queda da inflação". Empurrão taxativo Constatação dos analistas de mercado financeiro: até a famigerada CPMF tem seu lado positivo. Taxando o giro do dinheiro, vai acabar sendo mais um motivo para o alongamento dos prazos. Público-alvo José Monforte, vice-presidente do Citibank, diz que o banco já estabeleceu suas prioridades para 97: vai financiar projetos, como os que serão gerados pelo processo de privatização, e o consumo. Vício após vício -1 Os fabricantes de cigarros nos EUA financiaram uma pesquisa sobre o que aconteceria se for aprovado o projeto de lei federal que proíbe o fumo em bares e restaurantes: 83% dos donos desses estabelecimentos disseram que perderiam 15% das receitas. Vício após vício - 2 Segundo os donos bares e restaurantes nos EUA, os fumantes gastam mais do que os não-fumantes, especialmente em bebidas alcoólicas. Nada é perfeito As empresas de transporte de carga rodoviária torcem pela privatização das estradas: já que menos buracos vão significar custos menores de manutenção para a frota. Só temem o novo preço que será cobrado nos pedágios. E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: Isenção na Bolsa está indefinida Próximo Texto: Aumentar o investimento; logo, a poupança Índice |
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