São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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'Natureza-Morta' volta para Espanha

CASSIANO ELEK MACHADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Não é só Maillol que deixa a Pinacoteca.
A mostra "Natureza-Morta e Flores", composta por obras do acervo do Museu de Belas-Artes de Valência (Espanha), também segue o destino do Aeroporto Internacional de Guarulhos.
As 40 telas realizadas por 19 artistas espanhóis, holandeses, italianos e flamengos (relativo a Flandres, região entre a França e a Bélgica) fazem uma bela representação da natureza-morta.
Esse gênero de pintura, em que se representam animais mortos, seres ou coisas inanimadas, aparece na história da arte ocidental no final do século 16.
Segundo o crítico H.W. Janson (em "História da Arte"), a representação fiel dessas cenas do dia-a-dia surge na Holanda como contraponto popular aos trabalhos de artistas "mais refinados" como Rembrandt (1609-69), considerado o maior artista holandês de todos os tempos.
Os trabalhos expostos nessa mostra são justamente da época e do lugar em que o gênero nasceu.
Fazem parte da mostra, por exemplo, trabalhos de Daniel Seghers (1590-1661), conhecido como "Jesuíta", considerado o maior pintor flamengo de imagens florais depois de seu mestre Brueghel.
Como era de se esperar, também estão bem-representados os artistas naturais de Valença, cidade que abriga o acervo em questão.
O mais importante deles foi Thomas Yepes (1600-1674), especialista na pintura de "bodegóns" (como a tela ao lado), termo espanhol que designa representação de comestíveis.
(CEM)

Exposição: Natureza-Morta e Flores
Onde: Pinacoteca do Estado (av. Tiradentes, 141, tel. 227-6329)
Quando: hoje, das 11h às 18h
Quanto: entrada franca

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