São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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Maillol se despede de SP

CASSIANO ELEK MACHADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Hoje é a última oportunidade para admirar duas seleções caprichadas de obras de Aristide Maillol (1861-1944). Maillol costuma figurar nas enciclopédias de arte como o maior escultor francês depois de Auguste Rodin.
No espaço Safra estão 33 peças do artista pertencentes ao Museu Maillol. Uma seleção do melhor do escultor, como "As Três Ninfas", do Museu de Belas-Artes de Poiters, e "Vênus", do museu Lyon, estão na Pinacoteca.
O artista francês, que só começou a esculpir aos 39 anos, depois de uma bem-sucedida carreira nas áreas da pintura e da tapeçaria, reproduziu incansáveis bronzes inspirados em nus femininos -melhor dizendo, em um nu feminino, o de sua musa Dina Vierny, que ainda vive.
Maillol é considerado um "anti-Rodin". Se Rodin buscava a paixão, traços enérgicos, Maillol se dedicou a esculturas silenciosas, economicamente traçadas.
"Não conheço em toda a escultura moderna uma peça que seja tão bela quanto esta", disse Rodin sobre "Leda", que está no Safra.
Já Maillol rejeitava publicamente o trabalho de Rodin. Quem não visitar as mostras que terminam hoje pode se consolar com "Banhista sem Braço", doada pelo banco à Pinacoteca.

Exposição: Aristide Maillol
Onde: Espaço Cultural Safra (av. Paulista, 2.100, tel. 3175-7575)
Quando: hoje, das 10h às 20h
Quanto: entrada franca

Onde: Pinacoteca do Estado (av. Tiradentes, 141, tel. 227-6329)
Quando: hoje, das 11h às 18h
Quanto: entrada franca

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