São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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A3 é obra de tecnologia e de design

Compacto vai custar US$ 40 mil

MARCELO TADEU LIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo compacto da Audi, o A3, que deve ser fabricado no país a partir de 98, no Paraná, consegue ser unânime: encanta quem está ao seu volante e quem está fora dele.
A Folha avaliou o modelo nas sofríveis ruas brasileiras, dois meses após a Audi apresentá-lo no último Salão do Automóvel.
O carro só estará à venda a partir do próximo mês com preço na faixa dos US$ 40 mil.
O A3 dá um banho de tecnologia, vestido em um design agressivo, robusto e elegante.
A plataforma é a mesma do "primo" Golf (a Audi é a divisão de luxo do grupo Volkswagen). O acabamento não fica a dever para os "irmãos de sangue" A4 e A6.
O modelo avaliado foi o 1.8, com câmbio automático -a Audi também trouxe para o país o 1.8 turbo (mecânico e automático).
O toque mais esportivo surge com o ágil motor, de 20 válvulas e quatro cilindros, que desenvolve 125 cavalos (cv) de potência.
Com três válvulas de admissão de ar e duas de escape em cada cilindro, o A3 responde prontamente quando exigido.
O carro, segundo dados fornecidos pela Audi, acelera de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos e atinge 197 km/h (a versão turbo atinge 217 km/h e alcança 100 km/h em 8,1 segundos).
Conforto de sobra
Se por fora o A3 já surpreende, em seu interior as coisas melhoram consideravelmente. Há conforto e luxuosidade de sobra, para motorista e quatro passageiros.
Os bancos, em couro, na versão avaliada, são bem anatômicos.
Apesar de contar com apenas duas portas, o acesso à parte traseira não é complicado. Os bancos dianteiros retraem-se em duas fases (encosto e assento sobem para dar passagem).
O painel, com fundo em luz vermelha, tem boa visibilidade e oferece leitura rápida. Há, ainda, computador de bordo -informa temperatura, autonomia, consumo médio e instantâneo etc.
Pode-se acionar os comandos dos instrumentos sem esforço, já que tudo fica próximo à mão.
O A3 surpreende em outro aspecto: a estabilidade. O carro não desgarra em curvas acentuadas, mesmo feitas em velocidade alta.
Há apenas uma ressalva: com vidro traseiro pequeno e a presença dos encostos de cabeça, a visibilidade para trás fica um tanto prejudicada. Os espelhos retrovisores poderiam ser maiores.
O A3 também sofre com os buracos. Fica evidente que sua suspensão não foi projetada para o piso brasileiro. Em lombadas, raspa-se com frequência o fundo.

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