São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997 |
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A3 é obra de tecnologia e de design Compacto vai custar US$ 40 mil MARCELO TADEU LIA
A Folha avaliou o modelo nas sofríveis ruas brasileiras, dois meses após a Audi apresentá-lo no último Salão do Automóvel. O carro só estará à venda a partir do próximo mês com preço na faixa dos US$ 40 mil. O A3 dá um banho de tecnologia, vestido em um design agressivo, robusto e elegante. A plataforma é a mesma do "primo" Golf (a Audi é a divisão de luxo do grupo Volkswagen). O acabamento não fica a dever para os "irmãos de sangue" A4 e A6. O modelo avaliado foi o 1.8, com câmbio automático -a Audi também trouxe para o país o 1.8 turbo (mecânico e automático). O toque mais esportivo surge com o ágil motor, de 20 válvulas e quatro cilindros, que desenvolve 125 cavalos (cv) de potência. Com três válvulas de admissão de ar e duas de escape em cada cilindro, o A3 responde prontamente quando exigido. O carro, segundo dados fornecidos pela Audi, acelera de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos e atinge 197 km/h (a versão turbo atinge 217 km/h e alcança 100 km/h em 8,1 segundos). Conforto de sobra Se por fora o A3 já surpreende, em seu interior as coisas melhoram consideravelmente. Há conforto e luxuosidade de sobra, para motorista e quatro passageiros. Os bancos, em couro, na versão avaliada, são bem anatômicos. Apesar de contar com apenas duas portas, o acesso à parte traseira não é complicado. Os bancos dianteiros retraem-se em duas fases (encosto e assento sobem para dar passagem). O painel, com fundo em luz vermelha, tem boa visibilidade e oferece leitura rápida. Há, ainda, computador de bordo -informa temperatura, autonomia, consumo médio e instantâneo etc. Pode-se acionar os comandos dos instrumentos sem esforço, já que tudo fica próximo à mão. O A3 surpreende em outro aspecto: a estabilidade. O carro não desgarra em curvas acentuadas, mesmo feitas em velocidade alta. Há apenas uma ressalva: com vidro traseiro pequeno e a presença dos encostos de cabeça, a visibilidade para trás fica um tanto prejudicada. Os espelhos retrovisores poderiam ser maiores. O A3 também sofre com os buracos. Fica evidente que sua suspensão não foi projetada para o piso brasileiro. Em lombadas, raspa-se com frequência o fundo. Texto Anterior: Impreza Turbo é explosão de potência Próximo Texto: Carro seduz por ser esportivo de linhas agradáveis Índice |
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