São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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1º grau pode ter recuperação em julho

LUCIANA BENATTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Estado da Educação está estudando a possibilidade de realizar em julho um curso de recuperação para alunos do 1º grau semelhante ao que começa hoje nas escolas da rede estadual.
O curso de recuperação -destinado a alunos reprovados- foi criado pela resolução 183 da secretaria, publicada em 18 de dezembro no "Diário Oficial".
Esses alunos poderão se inscrever no curso e ser "reaprovados".
Segundo a secretaria, os inscritos devem chegar a metade dos cerca de 600 mil alunos de 1º grau que são reprovados todos os anos.
Pelos cálculos da secretaria, a metade dos inscritos deve ser aprovada -o que corresponderia a 150 mil alunos.
Essas previsões são baseadas em uma experiência realizada em janeiro de 96 com cerca de 5.000 alunos da rede estadual de Santos (72 km a sudeste de São Paulo).
"Acompanhamos os alunos aprovados na recuperação para saber se essa aprovação não atrapalharia durante o ano. Dois terços dos alunos voltaram a ser aprovados no final de 96."
Segundo Alquéres, se a experiência for considerada positiva em todo o Estado, um curso semelhante será oferecido aos alunos que terminarem o primeiro semestre com notas baixas, já neste ano.
Em janeiro do ano que vem, o curso também será implantado para os alunos do 2º grau.
A secretaria estima em 20 mil o número de professores que foram contratados para o curso que começa hoje. Antes do início das aulas, eles passaram por dois dias de treinamento oferecido pelas Delegacias de Ensino do Estado.
Durante o treinamento, realizado no fim da semana passada, eles foram instruídos sobre os conteúdos essenciais que os alunos devem dominar para ser aprovados.
Também foram orientados a aplicar várias provas durante o curso -que terá quatro semanas de duração- e a privilegiar outros aspectos de avaliação, como exercícios, interesse e perguntas feitas pelo aluno em sala de aula.
Os alunos inscritos serão agrupados em turmas de 15 a 20 pessoas, e as aulas acontecerão em uma parte das escolas da rede.
No total, serão gastos R$ 25 milhões, entre pagamento de professores e material didático.

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