São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997
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'Corredor da morte' será duplicado

Obras abrangem BRs 376, 101 e 116

DEISE LEOBET
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O ministro dos Transportes, Alcides Saldanha, assinou ontem documento autorizando as obras de duplicação das BRs 376, 101 e 116, em um trecho conhecido como "corredor da morte".
O trecho, que tem uma extensão de 692,3 quilômetros, liga São Paulo, Curitiba e Florianópolis.
O ministro esteve ontem em companhia do diretor-geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Maurício Borges, em Curitiba e Florianópolis.
A modernização do corredor incluiu a restauração de 616,1 quilômetros, a duplicação de 461,3 quilômetros e a construção de 44,1 quilômetros de pista dupla.
Essa será a maior obra rodoviária do país nos últimos 30 anos e é uma das 42 prioridades do plano de metas do governo federal, segundo informou o ministro.
O trecho é conhecido como "corredor morte" por causa do grande número de acidentes: 2.516 nos primeiros 11 meses do ano passado com 145 mortos e 1.290 feridos. Saldanha disse que o trecho passará a ser chamado de "rodovia do Mercosul".
Ele afirmou que, apesar do alto custo da obra, os investimentos são justificados pela importância do corredor que vai funcionar como "eixo de ligação" com os países do Cone Sul.
O ministro adiantou que a duplicação será estendida até o Rio Grande do Sul. "O Uruguai considera a rodovia fundamental para a sua integração no Mercosul."
Investimentos
O investimento total será de US$ 1,283 bilhão. Os recursos virão de financiamentos de US$ 450 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outros US$ 450 milhões do Eximbank, do Japão.
Como contrapartida, o DNER vai liberar US$ 283,64 milhões e a iniciativa privada mais 98,92 milhões.
Ele explicou que a dificuldade em alocar recursos atrasou a duplicação.

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