São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997
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Eletroeletrônico fatura 16% mais em 96

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria eletroeletrônica foi uma das mais bem-sucedidas com o Plano Real. E, ainda em 1996 -até novembro-, alguns dos seus produtos chegaram a registrar salto de venda de até 73% sobre igual período de 1995.
Na mesma linha dos fabricantes de TV, videocassete e lavadoras estão os produtores de alimentos, automóveis e calçados -este último conseguiu reverter a crise de anos anteriores e crescer 8%.
Na contramão, estão as máquinas agrícolas (tratores, colheitadeiras), cujas vendas despencaram no ano passado.
Aumento
Pelo levantamento da Eletros (associação que reúne os fabricantes de eletroeletrônicos), a indústria eletroeletrônica fecha 1996 com faturamento de US$ 13,8 bilhões -um crescimento de 15,8% sobre o número do ano anterior, de US$ 11,9 bilhões.
Entre os produtos, a eletros registra aumento de 73% na venda de microondas -de 716 mil unidades para 1,24 milhão de unidades, no período de janeiro a novembro de 96 comparado com 95.
A linha de televisores em cores nunca foi tão procurada pelos brasileiros, mesmo levando-se em conta os anos de Copa do mundo.
A procura por lavadoras de roupas aumentou 55% no período. De janeiro a novembro do ano passado, a indústria comercializou 1,02 milhão de unidades.
"O crediário e a redução das taxas de juros levaram a indústria a trabalhar com um novo ritmo de produção e venda", diz Roberto Macedo, presidente da Eletros.
Assim como as TVs, os fornos microondas e as lavadoras de roupas, outros produtos eletroeletrônicos registraram salto nas vendas neste ano na comparação com 1995 como refrigeradores, câmeras de vídeo, entre outros.
Só na linha branca (eletrodomésticos), a receita saltou 30,3%, de US$ 4,82 bilhões para US$ 6,28 bilhões.
Na linha de áudio e vídeo, de US$ 6,28 bilhões para US$ 6,57 bilhões -crescimento de 4,6% -e na de portáteis, de US$ 825 milhões para US$ 955 milhões -aumento de 15,8%.
Levantamento feito pela Eletros mostra que a porcentagem de domicílios brasileiros que declararam ter um bem eletroeletrônico aumentou consideravelmente de 1993 para 1996.
No caso de TV em cores, o aumento foi de 42,4%. No freezer, de 34,9%; na lavadora de roupa, de 18,1%; no refrigerador, de 8,9%; no rádio, de 5,4%.

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