São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997 |
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'Denise' chama a ação
MARCELO REZENDE
Produção independente lançada nos cinemas no ano passado, "Denise" faz da palavra falada seu grande personagem ao contar as idas e vindas de um grupo de amigos em Nova York. Uma amizade que guarda uma peculiaridade: as pessoas jamais se encontram, se comunicando então apenas por telefone. Vemos no filme do canadense Hal Salween um jorro de romances, ódios, acidentes e até mesmo uma morte contadas por um fio e uma extensão de plástico. O que move seus personagens é a idéia do repouso. A vida, para eles, é apenas uma eterna fuga do movimento. Estão em suas casas, em seus escritórios ou ainda em cubículos sem definição. Só não estão, de forma alguma, nas ruas. Mas há uma exceção na figura de Denise, uma jovem de ascendência latina que vagueia com seu celular a procura do pai de seu filho. Um homem que escolheu por acaso em um banco de esperma. Denise será aquela que fará com que todos abandonem seus refúgios. Denise é a estranha que levará a todos, nesse curioso e talentoso filme, a ação. (MR) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Saint Phalle reabre Casa França-Brasil Índice |
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