São Paulo, terça-feira, 7 de janeiro de 1997 |
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Oposição critica intervenção francesa
BETINA BERNARDES
O governo francês disse que a ação, realizada no domingo, foi em "legítima defesa", após a morte de dois militares franceses "em uma emboscada". O primeiro-secretário do Partido Socialista francês, Lionel Jospin, disse que há "risco para as tropas e para a França de serem envolvidos em uma engrenagem militar". Para ele, a presença francesa no país deve ser "repensada". A França tem atualmente cerca de 2.000 soldados na República Centro-Africana. Eles têm como missão proteger os 1.500 cidadãos franceses e ajudar as autoridades a manter a estabilidade política. No dia 15 de novembro passado, cerca de 200 militares das Forças Armadas centro-africanas se rebelaram. É o terceiro motim do ano. Os amotinados querem a demissão do presidente Ange-Félix Potassé, a quem acusam de ignorar suas reivindicações salariais. Na última reunião de cúpula franco-africana, Mali, Gabão, Chade e Burkina Faso decidiram acionar uma força de conciliação. Um comitê de acompanhamento, dirigido pelo ex-presidente de Mali Amadou Touré, havia obtido extensão da trégua assinada em 5 de dezembro até 23 de janeiro. Ontem, a coalizão de oposição ao presidente Potassé, que agrupa quatro partidos, disse que a operação se assemelha a uma nova tentativa de colonização. "Nós condenamos o governo francês por ter autorizado essa ação quando todo o mundo esperava uma solução pacífica para a crise. Nós pedimos que a França coloque um fim, sem condições, a sua agressão contra o povo da República Centro-Africana", disse a oposição em comunicado. O porta-voz do governo francês Jacques Rummelhardt afirmou que Mali, Gabão, Chade e Burkina Faso haviam sido informados anteriormente da operação francesa, assim como os Estados Unidos e o Japão, e que eles haviam reagido "positivamente". Texto Anterior: Major vai contratar publicitário Próximo Texto: Britânico tenta volta ao mundo em balão Índice |
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