São Paulo, sábado, 11 de janeiro de 1997 |
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Entenda o trâmite da reeleição 12/1 . Convenção do PMDB. O partido vai discutir se apóia ou não a emenda que permite a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. O PMDB está dividido em duas alas: . O presidente do partido, deputado Paes de Andrade (CE), é o principal articulador do bloco contrário à reeleição. Conta com o apoio do ex-governador Orestes Quércia (SP) e do senador Roberto Requião (PR) . O líder do partido na Câmara, Michel Temer (SP), coordena o grupo que apóia a emenda. É o candidato de FHC para presidir a Câmara. Também apóiam a emenda os governadores Antônio Britto (RS) e Garibaldi Alves (RN) . O resultado mais provável da convenção é que o partido libere seus parlamentares para votar de acordo com suas posições pessoais. Neste caso, o Palácio do Planalto leva vantagem na comissão. 14/1 . Votação do projeto de reeleição na comissão especial, etapa preliminar da votação em plenário. Por enquanto, existem 11 deputados a favor do projeto, 11 contrários. Entre os indefinidos, a maioria pertence ao PMDB . O projeto do relator, deputado Vic Pires Franco (PFL-PA), é favorável ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Para ser aprovado, o projeto precisa de 16 dos 30 votos da comissão. O governo espera obter 18 votos . No interior da comissão, PPB, PT e PDT lideram a oposição ao projeto, enquanto o PFL e PSDB apóiam o Palácio do Planalto. O governo pretende substituir um deputado do PTB, ainda indefinido, por um pefelista . A reunião da comissão foi marcada para segunda-feira para dar tempo de votar a emenda ainda em janeiro, na gestão de Luís Eduardo (PFL-BA) na presidência da Câmara. Luís Eduardo é um dos principais aliados de FHC no Legislativo . Os líderes governistas vão usar os Destaques para Votação em Separado para retirar da emenda a proposta de reeleição para governadores e prefeitos, que está dividindo a banca 21 ou 22/1 . Convocação de sessão extraordinária à noite para votação da emenda da reeleição em primeiro turno no plenário. O governo precisa de 308 votos na Câmara para aprovar o projeto . A peça-chave para o Palácio do Planalto na condução das votações é o próprio presidente da Câmara, Luís Eduardo (PFL-BA), que trabalha a favor de FHC. O governo contabiliza 320 votos favoráveis, 12 a mais do que o mínimo 28 ou 29/1 . Sessão extraordinária à noite para votação da emenda da reeleição em segundo turno. Entre os dois turnos de votação é preciso cumprir o prazo de cinco sessões ordinárias. 4/2 . Eleição do presidente do Senado. Disputam Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Iris Rezende (PMDB-GO). O governo apóia a candidatura de ACM, que pode facilitar a tramitação da emenda da reeleição no Senado . O resultado da eleição no Senado também terá influência direta na disputa pelo comando da Câmara. Uma vitória do PFL favoreceria o candidato do PMDB na Câmara, Michel Temer, apoiado pelo Palácio do Planalto 5/2 . Eleição do presidente da Câmara. Disputam Michel Temer (PMDB-SP), Wilson Campos (PSDB-PE) e Prisco Viana (PPB-BA). O resultado interessa ao Planalto porque, se a emenda da reeleição sofrer mudanças no Senado, ela volta a Câmara . A disputa pode gerar crise na base de sustentação do governo no Congresso, provocando ressentimentos entre os derrotados. Por isso a necessidade de votar a emenda da reeleição antes da mudança de comando da Câmara O projeto precisa de 16 votos para ser aprovado na comissão O governo precisa de 308 votos na Câmara para aprovar a emenda da reeleição Texto Anterior: Correm ao palácio Próximo Texto: Câmara de SP vai atrás de 'fantasmas' Índice |
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