São Paulo, sábado, 11 de janeiro de 1997 |
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Um Shakespeare solar
MARCELO REZENDE
Entre os vários fatos e lendas sobre Shakespeare, um diz que "Muito Barulho" foi escrito em consequência da culpa pela tristeza de "Romeu e Julieta". Nessa história um mesmo esquema se repete. O jogo de enganações e traições em que dois amantes se fingem de mortos para, no fim, tentar prosseguir na paixão. Mas o que é tragédia no primeiro caso, aqui se converte em farsa e riso. Mais uma vez estamos diante de paixões avassaladoras e pessoas que mentem, enganam e sofrem em nome de desejos. Só não temos mais as lágrimas. Branagh escolheu a Toscana para contar essa delirante história. Logo, escolheu o céu e todas as cores do verão. Não se trata de teatro filmado. Não se trata também de cinema de qualidade. O que há aqui é apenas o afeto entusiasmado da câmera pelo lugar, de Emma Thompson por seu então marido, Branagh e este, por fim, por seu grande mestre: William Shakespeare. Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: EMI nega acusações de João Gilberto Índice |
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