São Paulo, segunda-feira, 13 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Diretores falam sobre Neneco

ERIKA SALLUM
DA ENVIADA ESPECIAL

A Folha conversou com alguns diretores de teatro que trabalharam com Neneco -todos foram unânimes em considerá-lo extremamente talentoso.
Antônio Abujamra não esconde a admiração pelo artista, que convocou para suas peças "Rei Devasso" e "Hamleto".
"Ele é uma das coisas raras no teatro brasileiro, um criador absolutamente poético, com uma poesia que quase aniquila a morte."
Márcio Aurélio, que, além de diretor, é chefe do departamento de artes cênicas da Universidade de Campinas (Unicamp), resume sua opinião em uma só frase: "Ele é o máximo".
Os dois trabalharam juntos em "Hamlet" e "A Noiva Bombardeada", entre outras montagens.
"Ele é original. Quando todos estávamos começando, ele já tinha uma visão revolucionária, principalmente na maneira como reutilizava os materiais."
José Possi Neto conta que sempre o viu como um "artista-personagem".
"Mesmo não acompanhando sua arte atualmente, acho que ele é muito criativo, um aderecista fantástico."
O diretor relembra que Neneco sempre foi "pré-tudo", "de pré-punk a pré-new wave".
O artista plástico também atuou ao lado de Juca de Oliveira, em "Othello".
"Precisávamos de alguém competente e ele foi chamado, mostrando que tem altíssima qualidade."
O diretor e ator Sérgio Mamberti não esconde a emoção ao falar de Neneco.
"Ele tem uma visão pop. É um homem do teatro, cujo trabalho tem transcendência dramática."
(ES)

Texto Anterior: 'Eremita' quer oficina de artes no litoral
Próximo Texto: MAM faz retrospectiva da obra de Carlos Zílio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.