São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997
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Casa de Detenção se espalha pelo interior

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Administração Penitenciária concluiu as licitações para a construção de dois dos nove presídios que substituirão a Casa de Detenção do Carandiru (zona norte de São Paulo).
Esses presídios, cada um com capacidade para 700 detentos, vão funcionar em Franco da Rocha (40 km a norte de São Paulo).
As licitações foram vencidas pelas empreiteiras OK, da Bahia, e AGM, de São Paulo, que têm prazo de 18 meses para a conclusão.
A OK estimou a obra em R$ 8,6 milhões, e a AGM, em R$ 10,5 milhões. As obras em Franco da Rocha, segundo a secretaria, devem começar no início de fevereiro.
Guarulhos
O projeto da secretaria para a desativação da Detenção prevê a construção de uma outra Casa de Detenção, com capacidade para 1.200 detentos, e oito presídios com capacidade para 700 presos já condenados.
Essas cadeias teriam capacidade para 6.800 presos, 401 a mais do que a Detenção abrigava ontem.
Outros cinco desses presídios já estão em processo de licitação. O maior deles deve funcionar em Guarulhos (20 km a norte de São Paulo), anexo à penitenciária já existente no local.
Os outros serão construídos em Presidente Venceslau (635 km a oeste de SP), Iperó (125 km a oeste), Itirapina (217 km a noroeste) e Casa Branca (265 km a norte).
Os dois últimos presídios não tiveram os processos de licitação iniciados. A secretaria já decidiu que um deles será erguido em Avaré (268 km a oeste). O local de construção do nono presídio continua indefinido.
A secretaria dispõe de uma verba de R$ 117 milhões para a construção desses nove presídios. "Mas acho possível conseguirmos construir um presídio a mais com essa verba", afirmou o secretário.
O projeto da secretaria prevê a desativação de todo o complexo penitenciário do Carandiru.
A área do presídio seria vendida para a iniciativa privada, provavelmente para a construção de um shopping center.
Mas esse plano depende da mudança da lei de zoneamento, que precisa ser aprovada pela Câmara. Pela lei atual, no área do Carandiru só podem ser construídos edifícios públicos.

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