São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997 |
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Marcas populares são as preferidas
DA AGÊNCIA FOLHA, NO PARAGUAI As marcas mais conhecidas no mercado são as preferidas pelos falsificadores no Paraguai. A Souza Cruz é a maior vítima neste processo.Marcas como Plaza, Minister, Ritz e Derby (fabricada sob licença de uma empresa argentina) são facilmente encontradas junto a produtos legítimos à disposição dos compradores brasileiros. A marca Ritz é um caso emblemático. A Tabacalera Boqueron questiona a propriedade da marca pela Souza Cruz na Justiça paraguaia. Enquanto não se decide a demanda judicial, fabrica um cigarro semelhante (no rótulo e nas cores) com a marca Rich, que é vendido pelos paraguaios como "de segunda". Enquanto um pacote com dez maços do Rich custa R$ 2 em Ciudad del Este, o Ritz verdadeiro (e o falso com o nome correto) é vendido a R$ 5 o pacote. Segundo Mário Aguilera, representante jurídico da Souza Cruz em Ciudad del Este, a Boqueron fabrica entre 20 e 25 mil caixas por mês para o mercado de Ciudad del Este. Para se ter uma idéia desse montante, a produção mensal de caixas de cigarros de duas indústrias "legais" em Ciudad del Este e Hernandaryas (A Tabacalera Del Este e Imperial Cigarros) atinge 8.000 caixas por mês. Os industriais paraguaios condenam a falsificação, mas queixam-se do que chamam de "generalização" da companhia brasileira. José Ortiz, gerente da Tabesa (Tabacalera Del Este) de Hernandaryas, diz que a Souza Cruz, ao generalizar críticas,"coloca gente que trabalha sério no mesmo lugar dos falsificadores". Jorge Mendes Paiva, gerente-geral da Imperial Tabacos, de Ciudad del Este, questiona números da Souza Cruz. "Eles falam que perderam cerca de 30% dos pontos-de-venda para os cigarros do Paraguai, mas desse total apenas 5% é falsificado. O resto é cigarro exportado com isenção fiscal que retorna ao Brasil." Texto Anterior: Grupos étnicos controlam fronteira Próximo Texto: Governo culpa as seguradoras pelo atraso Índice |
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