São Paulo, quarta-feira, 15 de janeiro de 1997 |
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Decisão indica racha no partido
LUCIA MARTINS
Os membros das comissões eleitorais -responsáveis por dar o veredicto final nos pleitos sérvios- estão sendo pressionados por uma ala do Partido Socialista favorável ao caminho da negociação para pôr fim ao impasse que já dura quase dois meses. As comissões de 14 cidades (incluindo Belgrado) foram as responsáveis pela rejeição da vitória da oposição nas eleições municipais do dia 17 de novembro. Cada cidade tem uma comissão eleitoral própria. O tamanho da comissão varia de acordo com o número de eleitores por região, mas, em média, são grupos de dez pessoas por cidade. Na teoria, cada comissão deveria funcionar como uma espécie de Parlamento, unindo membros de todos os partidos políticos com igual poder para decidir sobre qualquer divergência, como fraude, por exemplo. Na prática, porém, as comissões são dominadas pelos socialistas de Milosevic -apesar de haver lugares destinados à oposição. Foi por isso que, após o veto da vitória da oposição em 17 de novembro, a maioria dos membros das comissões pertencentes à oposição renunciou. Segundo a própria "Tanjug" (agência oficial de notícias), a volta atrás em Belgrado representa nada mais do que o cumprimento do desejo dos socialistas moderados da comissão eleitoral. Um jornalista da agência, que não quis se identificar, disse à Folha que em Belgrado a força dos moderados é uma das maiores e que eles sempre reconheceram a vitória da oposição na capital. Para a Zajedno, a coalizão dos partidos de oposição, o presidente está isolado, e o "racha" em seu partido deve aumentar. Texto Anterior: Líderes oposicionistas são incógnitas Próximo Texto: Crise na Bulgária chega a impasse Índice |
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