São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
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Plebiscito traz nova incerteza
DA REPORTAGEM LOCAL O economista-chefe do Lloyds Bank, Odair Abate, afirma que a possibilidade de um plebiscito sobre a reeleição é "um inconveniente muito grande", porque impede o gerenciamento da atividade econômica e posterga as reformas.A realização do plebiscito poderia demandar meses de negociação, o que atrasaria o início das medidas para esfriar a economia. Para Abate, as vantagens da aprovação da reeleição são, num cenário de inflação baixa, a agilização das privatizações e da reforma administrativa e o aumento do investimento externo. Carlos Geraldo Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV-RJ, diz que a aprovação da reeleição pode marcar o início de um círculo virtuoso já em 97. Isso seria marcado por três eventos fundamentais: redução do risco Brasil com a manutenção do fluxo de investimentos diretos, que este ano devem superar a marca de US$ 10 bilhões; início das "megaprivatizações" da Vale do Rio Doce e setores elétrico e de telecomunicações; e, no segundo semestre, um presidente fortalecido politicamente, que teria condições de retomar as reformas econômicas. Com isso, haveria uma probabilidade maior de aprovação das reformas tributária, administrativa e da Previdência Social. "Assim, 98 poderia marcar o ano da decolagem, com a possibilidade de sairmos do crescimento medíocre de 3% ou 4% e caminharmos para um crescimento sustentado próximo ao nível potencial do Brasil, de 7% ao ano." Texto Anterior: Cenário pós-reeleição é de desaquecimento econômico Próximo Texto: Cenários econômicos Índice |
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