São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
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Planalto está dividido sobre referendo
FERNANDO RODRIGUES
Por vários motivos, o Planalto tem divulgado argumentos contrários à tese de fazer uma consulta popular para sancionar a emenda que for aprovada no Congresso. O primeiro argumento é que, quanto mais se mexe, mais se complica a aprovação da emenda. Há deputados que hoje pedem o referendo por não se sentirem eticamente capazes de decidir sobre a reeleição. Esses poderiam ser conquistados para votar a favor. Sem impedimentos Mas há, por outro lado, parlamentares que não enxergam qualquer impedimento para que o Congresso decida sozinho sobre o tema. Esses certamente iriam protestar no caso de o referendo ser incluído na emenda. O governo também avalia que não será fácil, depois de constatar que a emenda não passa como está, modificar o texto e já colocá-lo em votação. Por todas essas razões, os governistas consideram que a prioridade número um agora é votar a emenda em plenário, neste mês, sem modificações. Isso será tentado de todas as formas nesta e na próxima semanas. Se a votação for inviável, a idéia é recuar e esperar as eleições para presidentes da Câmara e do Senado, que devem estar concluídas na primeira semana do mês que vem. Recontagem Depois que os novos presidentes forem conhecidos, o governo faria uma recontagem de votos e decidiria a melhor estratégia a seguir. Só se FHC constatar que a via congressual não não vai mesmo ser suficiente para aprovar a reeleição é que uma consulta popular passará a ser cogitada de fato. (FR) Texto Anterior: Governo faz 'teste' para votar reeleição Próximo Texto: Por pouco Índice |
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