São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Pedem ajuda em tarefa doméstica

DA REPORTAGEM LOCAL

Chamar esses homens para resolver problemas domésticos (com a faxineira, o encanador, o marceneiro etc) pode significar um aborrecimento ainda maior.
"Faço tudo para não me envolver com o assunto 'empregada', mas minha mulher me convoca toda vez que a batata assa na cozinha", diz o coordenador de esportes da academia Fórmula, Carlos Pacheco (Fuscão), 39.
"Quer que eu tome o partido dela, e me pega sempre na hora que eu chego cansado do trabalho", diz. "Ainda tenho que ouvir que sou machista."
O professor Ricardo Dias, 35, já educou sua namorada. "Mesmo que eu passe mais tempo na casa dela que na minha, faço questão de deixar claro que sou hóspede."
Dias diz que age assim porque já foi vítima do que chama de "intimidade doméstica induzida".
"A menina insistia para que eu dormisse na casa dela, ficasse o tempo que quisesse, e eu ficava, até que um dia eu me vi ligando para o encanador por causa de uma pia entupida", lembra.
Ele diz que não teve como escapar do problema da pia, mas foi a última vez. "Pode me chamar de omisso, mas eu já resolvo muitos problemas na minha casa."
Com o engenheiro Roberto Marchesi, 46, dificilmente a mulher consegue alguma coisa.
"Sou francamente indolente", define-se. "E, se insistir, acabo fazendo tudo errado."
Ele dá um exemplo. "Outro dia mesmo, minha mulher me infernizou para eu medir a bancada da pia, que estava quebrada, e acabou encomendando outra com 50cm de diferença", conta.

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