São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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DEPOIMENTO

"Meu casamento começou a degringolar quando descobri que meu marido era viciado em masturbação -só chamando de viciado um sujeito que transa de manhã e à noite com a mulher e ainda vai para o banheiro.
Uma amiga foi me visitar e morreu de rir com a coleção de revistas masculinas dele. Disse: 'Nossa, seu marido tem um harém em casa'. Eu não quis ouvir.
Passei a prestar atenção quando encontrei uma revista atrás da pia. Notei também que ele ficava mais de uma hora no banho. Além disso, percebi, quando transávamos de manhã, que ele se aproveitava da ereção matinal. Era mecânico. Nem beijo dava.
Tentei engravidar e não consegui -ele dizia que era culpa minha, porque ele já tinha um filho, mas depois descobri com um médico que ele tinha espermatozóide lerdo.
Mais tarde, encontrei um vidro de amêndoa doce no armário do banheiro. Ele disse que era para amaciar as mãos quando usava algum produto químico -a essa altura eu já não acreditava em nada. Derrubei o óleo na cabeça dele e joguei o vidro na parede. Nos separamos.
Beatriz é gerente de marketing

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