São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Exame permite fotografar órgãos

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua prática diária, o médico Sérgio Aron Ajzen coloca o aparelho sobre a carótida do paciente e na tela do computador surge um "rio" de sangue. No canto da tela, aparece a velocidade sanguínea.
O sistema "doppler", uma tecnologia mais avançada, permitiu o estudo dos vasos sanguíneos em várias partes do corpo humano.
Vinte anos atrás, as imagens eram estáticas, como fotos em preto-e-branco.
Depois evoluíram para o cinza, com imagens em tempo real. Hoje, é possível obter imagens em cores e em três dimensões.
A ultra-sonografia permite fotografar todos os órgãos do corpo humano.
"Só não atravessa ossos -como a caixa craniana adulta- nem responde bem em órgãos que contêm gases, como pulmão, estômago e intestino", explica o médico Manoel Gonçalves.
O uso maior da ultra-sonografia continua sendo na obstetrícia. Os três exames, em média, realizados durante a gravidez, permitem avaliar se o feto está crescendo dentro do esperado e se está sendo oxigenado adequadamente.
O exame também permite saber a idade gestacional exata.
Manoel Gonçalves diz que um exame muito requisitado hoje por casais preocupados ou que vivem gravidez de risco é o ultra-som morfológico fetal.
O exame permite detectar alterações genéticas ou malformações graves no feto. Em alguns casos, como na Síndrome de Down, o ultra-som indicará a necessidade de exames mais precisos.
Outro exame muito utilizado é a avaliação prostática. O ultra-som transretal permite determinar o peso da próstata e a existência de nódulos suspeitos. Se for o caso, a exame guiará o médico na biópsia, a retirada de fragmentos da próstrata que serão examinados.
A ultra-sonografia ampliou seu campo para todo o sistema músculo-esquelético. Atletas com distensões ou rupturas musculares são submetidos a exames que permitem determinar a existência e a gravidade dos acidentes.
A técnica permite a detecção precoce de tumores em todas as partes do corpo. Mulheres acima de 40 anos, por exemplo, fazem a mamografia, que é um raio X da mama. Em mulheres com menos de 35 anos, que ainda têm pouca gordura nos seios, a ultra-sonografia é a mais indicada.
(AB)

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