São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ritmo divide especialistas
LUIZ ANTONIO CINTRA
Um dos complicadores para uma avaliação mais científica, digamos, é a falta de índices confiáveis que não sejam muito defasados. No caso dos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo, os indicadores mais recentes dizem respeito ao terceiro trimestre do ano passado, segundo o economista e consultor Celso Toledo, da MB Consultores Associados. Toledo foi o responsável por um levantamento feito pela consultoria, desenhando possíveis cenários para o ritmo da economia neste ano (veja quadro acima). "Fizemos um trabalho o mais técnico possível, mas enfrentamos as dificuldades dos dados que temos à disposição, que são de setembro", diz Toledo. Ele acredita que a economia está se desaquecendo naturalmente, puxada pelo esgotamento das vendas via crédito e pelos estoques altos de alguns setores. Para ele, um freio na economia neste momento teria -além de um custo social- um alto custo inclusive para o governo. "Como o crédito está alavancado e o sistema financeiro está frágil, um 'stop' poderia ter consequências graves, piorando inclusive a arrecadação do governo." Números Para Toledo, a economia está operando hoje a uma taxa de crescimento entre 3,5% e 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) ao ano. A estimativa de Odair Abate, economista do Lloyds, é de uma taxa de crescimento de 7% ao ano. Já o ex-ministro Mailson da Nóbrega considera que o ritmo de crescimento está atualmente entre 5% e 6% ao ano. (LAC) Texto Anterior: Três cenários para 1997 Próximo Texto: Indústria acha alternativa para financiar o consumo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |