São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Raza elogia os torcedores

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Razija Mujanovic decidiu jogar no Brasil após disputar, pelo STF/Como, da Itália, o Mundial Interclubes de 1995, em Paulínia (120 km de São Paulo).
Além do título do torneio, Raza criou enorme simpatia pelo torcedor brasileiro.
Educada e viajada, Raza é também poliglota: fala sérvio-croata, espanhol, italiano e português -ainda não fluente.
(LC)
*
Folha - Por que você decidiu vir jogar no Brasil?
Razija Mujanovic - Eu vim jogar um campeonato com meu time, o Como, em Paulínia, e gostei do ambiente. A torcida é quente, diferente dos italianos.
Folha - Como você analisa esta final contra o Seara?
Raza - Estou segura que estou preparada. Já disputei, e ganhei, muitas finais. Lá na Europa ninguém mais podia me marcar.
Folha - Nas semifinais, falou-se que você estava com um problema no pé...
Raza - É verdade, uma tendinite no pé esquerdo que apareceu de repente, inchou bastante. Estou fazendo tratamento. Às vezes dói um pouco antes do jogo, mas durante o jogo a dor passa. Dá pra jogar.
Folha - Você conhece as pivôs do Seara?
Raza - São boas jogadoras. Para mim é até mais fácil enfrentar as mais altas. As pequenas jogam mais sujo: fazem faltas, empurram, e os juízes, porque sou grande, não marcam.
Folha - O que você pensa sobre a guerra que durou mais de quatro anos na região da Bósnia?
Raza - Eu estive fora o tempo inteiro. Meus pais moram na Áustria. Teve um sobrinho que lutou como soldado. Felizmente nada aconteceu com ele ou com meus amigos.

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