São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
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EUA perdem domínio entre pesados
EDUARDO OHATA
Nove pugilistas estrangeiros, entre ingleses, croatas, poloneses, sul-africanos, neozelandeses e australianos, estão entre os 12 primeiros do CMB (Conselho Mundial de Boxe), AMB (Associação Mundial de Boxe) e FIB (Federação Internacional de Boxe). Na última listagem do CMB, apenas 5 entre os 12 primeiros classificados são norte-americanos. Um agudo contraste com a situação de dezembro de 86, quando os rankings combinados das três organizações apresentavam só três pesos-pesados "internacionais". Em 96, as entidades que mais se "globalizaram" foram o CMB e a FIB. As duas entidades classificaram uma média aproximada de cinco lutadores "estrangeiros" por mês. A AMB, que no passado era a que mais ranqueava lutadores de fora dos EUA, não seguia tendência de internacionalização. Acusou a média mensal de três "forasteiros". Vitrine A grande diferença entre a nova geração de "estrangeiros" e seus antecessores da década passada é a consciência. A nova geração não se contenta em assumir o papel de "ídolos locais". Poderiam garantir bolsas rendosas, sem correr riscos, caso ficassem em seus países. Ao contrário, muitos optaram pela migração. Foi o caso dos neozelandeses David Tua e Jimmy Thunder, dos russos Alex Zolkin e Oleg Maskaev, dos sul-africanos Courage Tshabalala e Frans Botha e do polonês Andrew Golota. Nos EUA, o desenvolvimento dos pugilistas é acelerado. Além de treinar junto aos grandes campeões, eles tiram proveito de modernas técnicas de preparação: aparelhos sofisticados, nutricionistas, treinadores experientes e sparrings de nível. A atuação diante da audiência norte-americana também é indispensável. Na era da TV paga, é indispensável o público conhecer o boxeador. Texto Anterior: Brasília dá a largada hoje às Mil Milhas Próximo Texto: Técnica 'invasora' impressiona Índice |
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