São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997 |
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Treinador vê potencial
BETINA BERNARDES
"É um garoto que tem todo o potencial de um jogador brasileiro como nós conhecemos, um Pelé, Rivelino. Tem uma técnica acima da média." "Nosso problema é conservar esse garoto com todo seu saber brasileiro e, ao mesmo tempo, poder ajustá-lo a um futebol europeu, que tem mais exigências de coletividade." O treinador afirma que no Brasil há mais facilidades, e na Europa existem restrições. "É preciso achar uma boa medida. Se o treinamento é às 10h, o jogador não pode chegar às 10h30. Se é preciso pôr um uniforme, ele não pode chegar com a camisa de um time brasileiro, por exemplo." No Centro de Formação do PSG há cerca de 40 jogadores. O centro segue a filosofia de uma empresa. A formação completa dura cinco anos. Ali, os rapazes vão aprender a profissão de jogador de futebol. Adaptação Eles chegam lá sobretudo na base da recomendação. "O diretor esportivo, Jean-Michel Moutier, é quem recebe as dicas e traz os jogadores para testes", declara. Foi a Moutier que Franck Henouda-Logbi recomendou Leandro, Marcelo e Rodrigo. Após levá-los, Logbi atua para tornar a adaptação mais fácil. "É preciso que eles estejam se sentindo bem. Nos primeiros meses, procuro estar sempre por perto, sair com eles, para que não se sintam muito sozinhos." O investimento em jovens como Leandro é a longo prazo e de alto risco, mas essa é a filosofia do clube, que prestigia os jovens. "A partir do momento em que recrutamos um jovem assim, mesmo que tenha potencial, é sempre um risco. A cabeça deve estar boa, e ele deve estar num ambiente que lhe dê um bom equilíbrio. Não sabemos no que vai dar. Quantos garotos começam e quantos chegam ao fim?", pergunta. (BB) Texto Anterior: Centro tem mais 2 brasileiros Próximo Texto: Europeus buscam promessas no Brasil Índice |
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