São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Plebiscito; Poluição no Guarujá; Setor elétrico; Tai Chi Chuan; Nocivos à nação; Caso Vaccarezza

Plebiscito
"Quero cumprimentar a Folha pelo posicionamento democrático em defesa do plebiscito sobre a reeleição.
Foi também essencial o painel com o voto de cada deputado, pois mostrou que o governo blefava quando anunciava ter mais de 330 votos.
O governo precisa entender que, antes de resolver o problema pessoal do presidente -a reeleição-, deveríamos todos estar discutindo o emprego, a agricultura, a saúde, educação..."
Ricardo Gomyde, deputado federal pelo PC do B-PR (Brasília, DF)

Poluição no Guarujá
"Sobre a reportagem 'Governo ignorou rompimentos em emissário' (12/1): o governo estadual, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, tem empreendido ações e a divulgação de informações com o objetivo de proteger a saúde não apenas dos frequentadores do Guarujá, mas de todo o litoral.
Desde fevereiro de 1996, quando constatou um rompimento no emissário submarino do Guarujá a 1.100 metros da praia de Enseada, a Sabesp, acompanhada pela Cetesb, vem tomando as providências e as medidas corretivas necessárias.
Em maio de 1996, quando da constatação de um outro rompimento, a 500 metros da praia, a Sabesp e a Cetesb planejaram uma avaliação especial de balneabilidade das praias do Guarujá.
No início de junho, a Cetesb começou a campanha especial de amostragem das águas em dez pontos de sete praias. A campanha durou sete dias e não se registrou qualquer situação de poluição diferente de outros anos.
A partir de 30 de junho de 1996, a Cetesb passa a fazer, quatro vezes por semana, análises de coletas de água em seis pontos de três praias do Guarujá (Enseada, Pitangueiras e Astúrias), trabalho que se estendeu até 8 de janeiro deste ano. As análises mostram que não houve alteração da qualidade da balneabilidade em relação aos três anos anteriores.
Em função do significativo aumento do fluxo de turistas e tendo em vista as fortes chuvas e o aumento dos esgotos da rede coletora e dos lançamentos clandestinos, a Cetesb passou a divulgar também as análises das novas coletas feitas naquelas praias e instalou faixas alertando os banhistas sobre os riscos que eles correm. Paralelamente, a Sabesp realiza a cloração dos esgotos lançados pelo emissário e providencia o conserto provisório do rompimento.
O Secretário do Meio Ambiente determinou a instituição de uma comissão especial destinada a avaliar o processo de licenciamento do emissário submarino do Guarujá, o não cumprimento das exigências estabelecidas na deliberação Consema 2/89 e as medidas de engenharia sanitária necessárias para que volte a operar normalmente.
Assim, entendemos que o governo estadual não apenas conhece o rompimento do emissário submarino do Guarujá como desenvolve ações para consertá-lo, cumprindo a sua política de transparência, de prestação de contas e de serviços à população que procura as praias para um merecido descanso."
Fernando Rios, assessor de comunicação da Cetesb -Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Junia Nogueira de Sá - A carta se esquece de contar que: 1) o emissário do Guarujá nunca despejou esgoto tratado no mar, como foi planejado, mas esgoto bruto; 2) o emissário está rompido desde 1991, e não desde 1996, vazando esgoto bruto a 2.800 metros da praia da Enseada; 3) depois de sucessivos adiamentos, a Operação Praia Limpa está sendo feita precariamente porque faltam material e pessoal. Ou seja, as providências do governo estadual de que fala a carta não foram suficientes para resolver o problema, porque não tinham essa finalidade.

Setor elétrico
"Foi com grata satisfação que li 'O paradoxo elétrico (1)', de Celso Pinto. O artigo alerta com extrema acuidade sobre a maneira como está sendo 'tocada' a dita privatização do setor elétrico brasileiro...
Pode parecer sem nexo, mas os municípios brasileiros estão numa grande encruzilhada. Sua maior fonte de renda -a famigerada TIP (Taxa de Iluminação Pública)- foi recentemente declarada inconstitucional pelo Superior Tribunal de Justiça.
Apenas a título de exemplo, grandes capitais (Recife, Vitória etc.) e centenas de municípios continuam cobrando a sobredita taxa. Vê-se, no caso, como é difícil adotarmos um modelo único de privatização do setor elétrico com tantos meandros..."
Fabio Cardoso Correia, advogado membro da Consultoria Jurídica do Instituto Brasileiro de Administração Municipal -Ibam (Rio de Janeiro, RJ)

Tai Chi Chuan
"Sobre a reportagem "É dando que se recebe", da Revista da Folha de 15/12: questionada sobre qual presente ofereceria a um amigo no Natal, respondi que daria um curso de Tai Chi Chuan.
Recebi inúmeros faxes e telefonemas perguntando qual o nome de meu mestre e em qual academia pratico.
Informo que sou aluna do mestre Wong, cuja academia fica na rua Teodoro Sampaio, 390."
Christina Carvalho Pinto, presidente da agência de publicidade Full Jazz (São Paulo, SP)

Nocivos à nação
"Referente ao editorial 'Segundo tempo', de 30/12, no trecho '...Banespa, uma instituição financeira que só tem causado prejuízos à população e ao Estado...': não posso calar protesto e indignação face à colocação acima. Injusta e infeliz, no mínimo.
Não é a instituição que merece ser tripudiada. Responsáveis da cúpula é que merecem punição. Ou tudo se passou no Banespa por obra e graça do Espírito Santo?
Não, Folha, o Banespa nunca foi um banco nocivo. Nocivos à sociedade, ao rincão paulista e à própria nação têm sido alguns 'politiqueiros' de plantão na governança do Estado."
José Carlos Amadei (Bauru, SP)

Caso Vaccarezza
"A propósito do festival nacional de farisaísmo explícito em torno do caso Vaccarezza, pergunto: o que é mais relevante para o 'aperfeiçoamento dos costumes políticos'?
Oferecer ao leitor a mera constatação de que o PT julga a si próprio moralmente superior (à moda de Josias de Souza) ou proporcionar-nos uma investigação jornalística séria (e comparativa) acerca dos diferentes métodos de extração de vantagens privadas, por parte de partidos políticos e governantes, da enorme rede de cargos públicos?
Com a palavra, a Folha."
Alberto Tosi Rodrigues (Campinas, SP)
*
"Sou petista, não abro mão da ética na política e queria colocar para a direção do PT a seguinte questão: ou Vaccarezza ou eu."
Fernando Antonio Salomão (Maceió, AL)

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