São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo quer evitar abuso na cobrança de impostos

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os sindicatos terão que ser moderados ao cobrar a contribuição confederativa das categorias de trabalhadores.
O governo estuda a inclusão de um artigo no projeto de lei que vai extinguir o imposto sindical que impedirá excessos das entidades.
"A idéia é usar o princípio da razoabilidade", diz o ministro do Trabalho, Paulo Paiva.
O ministério vai discutir com as centrais sindicais e entidades patronais, que hoje pagam o imposto sindical, a melhor forma de esclarecer esse ponto no texto.
Os trabalhadores terão liberdade para escolher a taxa que será cobrada sobre o salário. Pelo princípio da razoabilidade, os sindicatos terão que cobrar uma taxa justa, que pode depender da remuneração média dos trabalhadores.
O professor de Direito do Trabalho Otávio Magano diz que esse princípio é adotado quando a legislação não é muito explícita.
A proposta que está em discussão prevê o fim da cobrança compulsória do imposto e fixa duas taxas: contribuição confederativa e mensalidade dos associados.
Na contribuição confederativa, as categorias discutirão o percentual a ser cobrado e como será a distribuição entre sindicato, federação, confederação e central sindical. "Vamos fortalecer o poder da negociação coletiva e efetivamente adequar as relações trabalhistas ao modelo democrático."
Para ele, o fim do imposto compulsório vai ajudar na discussão da unicidade sindical. A Constituição só permite a criação de um sindicato de uma mesma categoria por base territorial -um município.

Texto Anterior: Novas perspectivas para a mídia
Próximo Texto: Brahma é líder dentro e fora das Bolsas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.