São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Telê critica 'desordem' carioca

DA SUCURSAL DO RIO

O técnico Telê Santana atribuiu à desorganização do futebol carioca o baixo comparecimento do público ao Maracanã anteontem, quando 5.352 torcedores pagaram para ver Palmeiras e Botafogo.
"Até alguns dias atrás, por exemplo, o torcedor do Botafogo não sabia se o seu time iria disputar o Campeonato Estadual, que, aliás, já começou", disse.
Para ele, no jogo de volta, quinta-feira, em São Paulo, a torcida prestigiará em massa.
Telê, que anteontem deu instruções aos atletas antes da partida, deve estar presente ao estádio também na quinta, mas disse que só assumirá o cargo de forma oficial quando estiver "100% de saúde".
Além de Telê, alguns jogadores criticaram a desorganização do futebol do Rio de Janeiro.
O meia-atacante Djalminha, que começou sua carreira no Flamengo, disse sentir saudades da cidade, mas afirmou não querer retornar a atuar em times cariocas.
"Sou profissional e não quero voltar a jogar aqui", afirmou. "Jogar em São Paulo é melhor para a minha carreira."
Recém-chegado ao Botafogo, o volante Marcelinho Souza, após o jogo, foi passar o fim-de-semana com a família, em São Paulo. Segundo ele, o futebol carioca é "mesmo desorganizado".
O Botafogo, por exemplo, deve a seus jogadores seis meses de salários. Mesmo assim, a diretoria ainda tenta contratar dois reforços: os meias Jamir, do Benfica, de Portugal, e Djair, dono do passe.

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