São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Sesi exibe novidades de quatro Estados

DANIELA ROCHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A 2ª Mostra Sesi de Artes Cênicas traz este ano quatro peças que são uma pequena mostra sobre novas produções teatrais em quatro Estados brasileiros considerados importantes produtores de espetáculos -Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Bahia.
A mostra começa nesta sexta-feira com a apresentação especial da peça "O Pequeno Mago", do premiado XPTO, às 20h30.
A partir do dia 25, entram em cena no Sesi espetáculos que prometem revelar o teatro que traz consigo características peculiares de onde foi produzido.
Recife
O Balé Popular do Recife, coordenado por André Madureira, abre a série de apresentações, de 25 a 29 de janeiro. O espetáculo se chama "Os Quatro Ciclos da Dança" e conta com 24 bailarinos que mostram um conjunto de danças folclóricas e populares típicas de cada época do ano.
As coreografias foram criadas em quatro ciclos de dança: carnavalesco, junino, afro-brasileiro e natalino.
O balé recria os passos originais de cada dança, com trilha sonora gravada pela Orquestra do Recife (regida por Antônio José Madureira - festejado pelo ator e músico Antonio Nóbrega como um dos maiores compositores populares de todos os tempos).
Curitiba
"Histórias de Cronópios de Famas", dirigido por Cristina Pereira, faz a segunda temporada da mostra, de 1º a 5 de fevereiro.
Em uma co-produção curitibana e carioca, já que une integrantes da Companhia de Atores de Curitiba e do grupo do Rio Os Festa Baile, a peça se estrutura nos três personagens da história de Julio Cortázar.
Eles são os cronópios (criativos e anárquicos), os famas (organizados e convencionais) e os esperança (os que vivem na expectativa de um novo acontecimento).
A transposição de trechos de dois livros de Cortázar ao palco é assinada por Rafael Camargo.
Rio de Janeiro
Entre 13 e 17 de fevereiro desembarca no palco do Sesi a Companhia de Atores de Laura com a peça "Decote", dirigida por Daniel Herz e Susanna Kruger.
A peça é inspirada no universo rodrigueano e explora personagens como a morta da primeira página, o adúltero arrependido, o jornalista sem escrúpulos e o jogador de sinuca que se julga corno.
A trama se desenvolve nas quatro horas que antecedem um Fla-Flu decisivo no qual todos os personagens devem comparecer. O texto foi elaborado pelos integrantes da trupe.
Salvador
Uma produção do Teatro Castro Alves dirigida pelo mineiro Gabriel Villela fecha a programação da mostra. "O Sonho", de Strindberg, será apresentado de 20 a 24 de fevereiro.
Villela faz nesta montagem uma leitura inovadora, com referências à tragédia do Carandiru, à chacina da Candelária e ao conflito dos sem-terra no Pará como formas de abordar a dor e a angústia expressas no texto.

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