São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Premiê japonês vê retrocesso na crise dos reféns de Lima

MRTA diz que rendição ao governo está fora de cogitação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro do Japão, Ryutaro Hashimoto, disse ontem que a crise gerada pelo sequestro de 73 pessoas na casa do embaixador japonês no Peru está mais complicada.
O premiê disse que a situação se deve à recusa do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) em voltar a negociar enquanto seus companheiros presos não forem soltos pelo governo peruano.
Para o premiê, a inclusão pelos guerrilheiros do Canadá na comissão de negociação "é um progresso". "Mas não acredito que ajude a trazer uma solução imediata", afirmou.
O MRTA voltou a dizer ontem que o governo peruano está sabotando as negociações ao exigir que os terroristas desistam da libertação de seus colegas presos. "Isso significa um apelo formal pela rendição, que nunca aceitaremos", disse por rádio Nestor Cerpa Cartolini, o líder do grupo.
A comunicação por radioamador vem sendo usada desde que o governo cortou energia e linhas telefônicas da casa do embaixador, ocupada há 34 dias.
Ontem, os terroristas mandaram um dos reféns -identificado como Akihisa Ouyigama, segundo secretário da embaixada- ao jardim para retirar baterias de dois carros. Elas seriam usadas para alimentar os rádios.
Forças japonesas estacionadas em Lima decidiram ontem tocar músicas (em japonês e espanhol) para relaxar os reféns, por meio de uma emissora local.

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