São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Ambições são menores agora

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Ao assumir a Presidência, quatro anos atrás, Bill Clinton trouxe do Arkansas uma enorme equipe de assessores e um discurso grandiloquente, que prometia ousados programas sociais sustentados pelo governo federal e o fim da política tradicional de Washington.
Hoje, reeleito sem a maioria dos votos válidos, em minoria no Congresso, assediado por problemas legais e acusações éticas e cercado não pelos assessores de Arkansas, mas por experientes profissionais da política, ele é muito mais modesto nas suas ambições.
Sua principal promessa é tornar realidade a pedra de toque do partido de oposição: zerar o déficit público federal. Ele abandonou o grande projeto de sua campanha de 1992: assegurar assistência médica a todos os norte-americanos.
É claro que Clinton se vê sob ótica mais positiva. Em entrevista ao jornal "The Washington Post" publicada ontem, o presidente se considerou responsável pelo que classifica como um novo consenso a respeito do papel do Estado na vida do país e prometeu governar em cooperação com a oposição.
Sobre as dúvidas a respeito de sua integridade, Clinton lamentou que "se gaste em geral uma quantidade de tempo desproporcional com esse tipo de coisa" e disse esperar que "as pessoas vejam todas as evidências, façam seus julgamentos e esqueçam esses assuntos". Ele afirmou ainda nunca ter tido "a menor dúvida" de que seria reeleito e que espera ser sucedido pelo seu vice, Al Gore.
(CELS)

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