São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Palcos dos clubes locais são solo sagrado

EDSON FRANCO
EM AUSTIN

Com 150 clubes, Austin, a capital do Texas, reclama para si o título de "capital mundial da música ao vivo". Tem méritos para tanto.
Apesar de ter menos tradição que Nova Orleans, Chicago ou Kansas City, Austin se orgulha de oferecer pelo menos uma grande atração todas as noites, o ano todo.
E quais seriam as razões para tamanha atividade musical?
Primeiro: Austin é uma grande extensão de terra em volta da Universidade do Texas. Isso garante a presença de um público animado em todos os clubes da cidade.
A universidade garante mais. Ela é o manancial do mais belo e animado pelotão de garçon(ete)s, bar(wo)men e caixas dos EUA.
Clubes
Austin tem ainda a sorte de abrigar alguns templos da música ao vivo. Antone's, Continental Club e Hole in the Wall são daqueles clubes que transformaram seus palcos em solo sagrado. Suas paredes exibem orgulhosas fotos das lendas musicais que por lá passaram.
Para quem gosta de blues, a galeria improvisada desses clubes desperta um misto de deslumbramento e arrependimento e motiva expressões como: "Meu Deus, o que eu estava fazendo quando B.B. King, Albert Collins ou Stevie Ray Vaughan estavam tocando aqui?"
E a musicalidade local escapa dos clubes e seus ambientes enfumaçados -sim, ainda é possível fumar neles- e chega às ruas da cidade.
É impossível caminhar cinco minutos pelo centro sem tropeçar numa loja de discos. Além disso, a cidade tem lojas -razoáveis- de instrumentos musicais.
Nas livrarias, a sessão de música ocupa lugar de destaque. No Centro de Informação ao Turista (210 East 2nd St.), cerca de 30% do material publicitário traz pelo menos uma clave de sol na capa.

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