São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Rua musical da cidade é macumba para turistas

EDSON FRANCO

em Austin
No item macumba musical para turistas, Nova Orleans tem a Bourbon Street, Memphis tem a Beale Street, o paulistano Bexiga tem a 13 de Maio e Austin tem a 6th Street.
E como toda a rua musical que se preza, a 6th não abriga os melhores shows e clubes da cidade. Mas tem seu charme e vale a visita.
Antes, uma pequena aula de geografia austiniana é necessária. A 6th Street é dividida em leste e oeste. O divisor é a avenida Congress. O leste concentra mais atrações.
Comece o passeio -sempre a pé- na esquina com a Red River Street, onde um artista mambembe produz quadros com spray.
Atravessando a rua, você encontra o Esther's Follies, casa que apresenta shows de teatro rebolado. Uma enorme vidraça possibilita ver o show -ruim- sem pagar.
Na mesma calçada, uma casa ostenta a bandeira brasileira.
Trata-se do Forbidden Fruit, estabelecimento dedicado aos amantes de tatuagem e piercing (hábito de colocar peças metálicas em órgãos inusitados do corpo).
Vencido pela curiosidade, o turista brasileiro pergunta o porquê da bandeira. E um candidato a mapa hidrográfico ou pára-raios diz que o prédio abrigava um restaurante de comida típica brasileira.
Quase em frente ao Forbidden Fruit está o Fat Tuesday. Entre, beba um dos deliciosos daiquiris da casa e retome a caminhada.
Um pouco mais adiante fica o Catfish Station, casa que abriga os melhores shows de blues da 6th.
Se a fome apertar, vá ao Jazz Restaurant. Esqueça as atrações musicais e se concentre no menu, baseado na cozinha de Nova Orleans.
Para a digestão, siga até a esquina com a Congress. Lá, na frente do hotel Driskill, você encontra a Calçada das Estrelas, que homenageia Willie Nelson e Janis Joplin.
(EF)

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