São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Polícia teme novo conflito

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM (PA)

A Secretaria da Segurança do Pará vai mandar equipes das Polícias Militar e Civil a Moju (PA) para evitar um conflito iminente em uma área onde um trabalhador foi assassinado na semana passada.
Os pistoleiros que mataram com tiros na cabeça o invasor Célio Pantoja Corrêa deixaram um bilhete no bolso do morto avisando que iriam voltar em 15 dias, "para fazer mais terremoto".
O crime aconteceu no último dia 16. Três dias antes, outros três sem-terra foram assassinados na fazenda Santa Clara, em Ourilândia (1020 km ao sul de Belém).
Até ontem, oficialmente, seis pessoas haviam morrido em conflitos no campo do Pará só neste ano. Preparando-se para a "visita dos pistoleiros", os invasores da área começaram no último sábado a tirar da fazenda as mulheres e crianças. O clima é tenso entre as 15 famílias que ocupam o local.
Essa área é conflituosa desde 1984, devido à madeira nobre. A fazenda, com cerca de 90 mil hectares, foi comprada há dois meses por Maria Ribeiro Corrêa e o filho Isaac, de Goiânia. Eles não foram localizados pela Agência Folha.

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