São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Senadinho continua no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A senadora Benedita da Silva (PT-RJ) conseguiu ontem evitar a extinção da Representação do Senado no Rio de Janeiro, conhecida como Senadinho. Dos 50 senadores que estavam na sessão, 24 votaram a favor da manutenção do Senadinho e 22 contra. Houve 4 abstenções. O Senadinho custa R$ 1 milhão por ano ao país -sem contar salários.
Em discurso feito na tribuna, a senadora disse que o Senadinho "foi o centro de todas as articulações políticas e diplomáticas desde o império até as democracias contemporâneas". Defendeu sua manutenção para "preservar a memória do país".
O projeto de resolução que altera a estrutura do Senado -e que acabava com a Representação no Rio- era uma proposta do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP).
Ao final da votação, Sarney comentou o resultado citando uma frase do marechal Hermes da Fonseca: "Não há buquê sem manjericão". O 2º secretário da Mesa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu o fim do Senadinho. Segundo a Mesa, a Representação do Rio, que funciona no Palácio do Itamaraty, tem 48 funcionários (com salário médio de R$ 3.500) que seriam transferidos para Brasília.

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