São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997 |
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Governo quer dia 28 como data-limite DENISE MADUEÑO DENISE MADUEÑO; DANIEL BRAMATTI
Pelo calendário acertado ontem, a discussão do projeto em plenário começa amanhã. Até o dia 28, o governo espera conseguir os 308 votos necessários. A contabilidade governista, até ontem, era de apenas 306 votos considerados seguros. Não foram incluídos na conta 26 deputados peemedebistas ligados aos senadores que resistem em votar a emenda da reeleição em janeiro. Na terça-feira, os governistas farão um teste para avaliar o quórum e o apoio à emenda momentos antes da votação. Eles vão apresentar um requerimento pedindo o encerramento da discussão, última etapa antes da votação. O acerto contou com a participação dos líderes, incluindo Michel Temer (PMDB-SP), e o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos). Mesmo com a recomendação da convenção nacional do PMDB para que a emenda fosse analisada somente após 15 de fevereiro, parte da bancada na Câmara deu o aval ao novo calendário. O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), afirmou que a data satisfaz tanto o governo quanto o PMDB. "O primeiro turno será votado com Luís Eduardo (Magalhães, presidente da Câmara) na presidência e o segundo turno em fevereiro, como quer o PMDB", disse. Anteriormente, Inocêncio e o líder do PSDB, José Aníbal (SP), defendiam o dia de hoje como data ideal para votação em primeiro turno. "No processo de entendimento, cada um cede um pouco", disse Aníbal. A segunda opção dos líderes era o dia 29, próxima quarta. A escolha de terça permite uma margem de segurança na votação, que poderá ser adiada para o dia seguinte caso surja algum imprevisto. "Vamos operar com segurança, mas a votação do primeiro turno será mesmo concluída na terça-feira", afirmou o líder do governo, Benito Gama (PFL-BA). O presidente Fernando Henrique Cardoso voltou ontem a pedir urgência na votação da emenda da reeleição. O pedido foi feito pelo porta-voz da Presidência, Sergio Amaral. "O presidente já anunciou que o país tem urgência na votação dessa emenda, porque é preciso desobstruir a agenda do Congresso Nacional para a discussão de outros temas importantes para o país", disse Sergio Amaral. Colaborou a Sucursal de Brasília. Texto Anterior: Governistas cantam vitória, mas preparam plebiscito Próximo Texto: Senadinho continua no Rio Índice |
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