São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Pitta ameaça demitir e sindicato ironiza
ROGÉRIO GENTILE; FABIO SCHIVARTCHE
"Tenho a responsabilidade de manter a cidade funcionando. Os grevistas serão punidos de acordo com as regras da Consolidação das Leis do Trabalho. Até mesmo com a demissão sumária." O presidente do sindicato da categoria, José Alves do Couto Filho, o Toré, reagiu com ironia ao ser perguntado sobre a ameaça feita pelo prefeito. "'Mais um Maluf? Até hoje nunca vi um prefeito com coragem para demitir 55 mil trabalhadores." Enquanto ocorria a assembléia dos trabalhadores, Pitta estava reunido com o secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, e com o presidente da SPTrans, Francisco Christovan. Confirmada a greve, o prefeito determinou ao secretário que exija na Justiça o ressarcimento dos eventuais prejuízos. Apelo Segundo Pitta, a categoria está se expondo desnecessariamente num começo de administração. "É uma decisão precipitada e desnecessária. Apelo ao bom senso dos motoristas e dos cobradores para que seja revista", afirmou. Na opinião de Pitta, a população não tem nada a ver com a disputa entre patrões e empregados e não pode sofrer as suas consequências. "A greve é totalmente absurda." Pitta disse descartar a possibilidade de quebra-quebras. "Acredito na civilidade das pessoas." O secretário municipal dos Transportes, Carlos de Souza Toledo, pretendia, com uma medida cautelar, obrigar 70% da frota a circular. O TRT exigiu 50%. Ele anunciou também a liberação dos corredores de ônibus para os carros e outras medidas para atenuar o impacto da greve (leia na página 2). (ROGÉRIO GENTILE e FS) Texto Anterior: Metade da frota tem de circular, diz TRT Próximo Texto: Perueiro acusa empresas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |