São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Em 74, crise da balança foi pior

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O déficit recorde da balança comercial de 96 é preocupante, mas não é o pior momento do comércio exterior brasileiro.
Apesar de ter registrado déficit menor, o país viveu situação pior na década de 70, durante o choque do petróleo.
A análise é do economista Heron do Carmo, da Fipe. Os componentes das duas situações são bem diferentes.
Naquela época, metade das importações foi gasta com petróleo. Hoje, os gastos são, em parte, com máquinas, o que pode acelerar o desenvolvimento na economia e dar maior conforto para a população no futuro.
O déficit de 74, até então o maior da história, tinha dimensões maiores, em comparação aos principais indicadores da economia.
Ele representou 4,3% do Produto Interno Brasileiro, contra 0,8% de hoje. Além disso, o déficit de 74 chegou a 89% das reservas internacionais brasileiras, enquanto o de 96 atinge apenas 9,2%.
O déficit comercial, no entanto, não pode continuar crescendo em relação ao PIB, diz Heron do Carmo. "O mundo está financiando o Brasil, mas isso não vai durar para sempre", acrescentou.
Além disso, um dia esse dinheiro, mesmo o investido, volta ao país de origem em várias formas de pagamento, diz o economista.

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