São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Força jovem

THALES DE MENEZES

Se você estiver lendo esta coluna no café, pode ter certeza de que, do outro lado do mundo, Pete Sampras está passando apertado contra o espanhol Alberto Costa, nas quartas-de-final do Aberto da Austrália.
Talvez até seja a despedida de Sampras da briga pelo título, quem sabe? Nesse festival de zebras em que se transformou o torneio, nada mais surpreende.
Tantos resultados imprevistos deixaram uma pulga atrás da orelha do colunista. Aí veio um palpite, que virou tese em instantes. Uma olhada sem compromisso na tabela de resultados da Austrália levantou a lebre: não tem muito moleque vencendo em Melbourne?
Daí nasceu um levantamento que compara resultados dos outros torneios do Grand Slam (Roland Garros, Wimbledon e US Open) do ano passado e deste Aberto da Austrália.
A idéia foi verificar, apenas no jogos de simples, qual a porcentagem de partidas vencidas pelo tenista mais jovem na quadra. Não é um levantamento com rigor científico absoluto, já que este colunista confessa desconhecer a idade de quase 40 jogadores entre os 367 que disputaram esses torneios.
Considerando apenas os jogos da primeira semana de cada torneio, o Aberto da Austrália de 97 teve 63% de seus jogos vencidos pelo jogador mais jovem na quadra. No US Open de 96, com calor forte, as vitórias dos mais jovens caem para 54%.
Em Roland Garros, na França, disputado em clima mais ameno, os mais jovens venceram 51,8% dos jogos. Já o tradicional torneio de Wimbledon é o único ainda não dominado pelos garotos, que venceram apenas 45,5% dos jogos.
Os números de Wimbledon podem ser explicados pelas peculiaridades das quadras de grama, difíceis de serem assimiladas pelos mais inexperientes.
Enquanto isso, o impiedoso sol australiano continuando favorecendo os garotões. Azar dos veteranos.

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