São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Câmara aprova a punição a Gingrich

Republicano pagará multa de US$ 300 mil

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Por 395 votos a 28, a Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA resolveu punir seu presidente, Newt Gingrich, com uma reprimenda formal e multa de US$ 300 mil por violações éticas.
"Ao longo dos anos e em inúmeras situações, Gingrich mostrou desconsideração e falta de respeito pelos padrões de conduta exigidos em suas atividades", diz o texto da resolução aprovada.
Esta é a primeira vez que um presidente da Câmara é punido por seus pares nos EUA. Em 1989, Jim Wright renunciou ao cargo antes que acusações de falta de ética, feitas por Gingrich, na época líder da minoria, fossem a plenário.
Apesar da gravidade do caso, ele não impede Gingrich de se manter na Presidência da Câmara, cargo para o qual foi reeleito há duas semanas. Mas muitos acham que ele não terá condições de exercer suas funções com eficiência.
A acusação mais grave contra Gingrich envolve um curso ministrado por ele na Universidade da Geórgia, pelo qual foi pago por uma entidade política.
Desde que seu partido obteve a maioria nas duas casas do Congresso, em 1994, Gingrich tem agido como virtual primeiro-ministro do país.
Um impasse entre ele e o presidente Bill Clinton manteve a administração federal paralisada por semanas a partir de novembro de 1995. Mas os dois têm prometido trabalhar em cooperação mútua a partir de agora.
O presidente da Câmara é o segundo na linha de sucessão da Presidência dos EUA, logo após o vice-presidente da República. Gingrich, 53, considerado um dos políticos menos populares dos EUA.

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