São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Judeus radicais ameaçam premiê de Israel de morte

Organização Judia de Vingança acusa Netanyahu de "traidor"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, foi ameaçado de morte por uma organização judia clandestina de direita, informou ontem a imprensa do país.
Os meios de comunicação receberam uma mensagem assinada pela Organização Judia de Vingança acusando o premiê de "traidor do povo e de seu país".
O comunicado dizia ainda que Netanyahu "teria a mesma sorte que o traidor Yitzhak Rabin", o primeiro-ministro de Israel assassinado em 4 de novembro de 1995.
Em Hebron (Cisjordânia), cerca de 2.000 colonos judeus se reuniram anteontem para expressar seu "luto" pela entrega da cidade aos palestinos, a quem chamaram de "terroristas e assassinos".
Os israelenses se retiraram parcialmente de Hebron no último dia 17. Os soldados do Exército de Israel ainda controlam 20% da cidade para proteger os pouco mais de 400 colonos que vivem ali cercados por mais de 100 mil palestinos.
Liberdade para Hamas
Netanyahu disse ontem que pode libertar o líder espiritual do grupo islâmico Hamas (Movimento de Resistência Islâmico).
"Nós não nos comprometemos a libertar Cheikh (Ahmed) Iassin, mas consideramos a possibilidade", afirmou o premiê.
Iassin foi condenado a prisão perpétua em 1989 acusado de fundar o grupo radical islâmico.
Cerca de 5.000 palestinos são mantidos prisioneiros por Israel. Entre eles há 20 mulheres.

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