São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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PSDB e PFL divergem sobre o que fazer
CLÓVIS ROSSI; MARTA SALOMON
O presidente nacional licenciado do PFL, Jorge Bornhausen, aposta mesmo em que "o PMDB vai rachar" (na votação da reeleição), o que significa jogar no aprofundamento das cisões internas. Já o presidente nacional do PSDB, senador Teotonio Vilela Filho (AL), diz: "Podemos até ganhar sem o PMDB, mas o confronto não nos agrada, porque deixará sequelas". Ou seja, o PSDB teme que uma crise ainda maior no PMDB dificulte a formação de maiorias parlamentares para votar as reformas ainda pendentes no Congresso. São divergências como essas que tornam imprevisível o cenário. O governo sabe que, até agora, não tem margem de segurança para colocar a emenda em votação na terça-feira ou mesmo na quarta. Mas aposta no que o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), chama de criação de fatos consumados. Ou seja, criar clima de "já ganhou", encher o Congresso e apostar em que, nesse cenário, os peemedebistas não ousarão votar contra. No Palácio do Planalto, volta-se a trabalhar com a idéia de que, assim, ninguém se arriscará "a votar contra um governo que terá seis anos pela frente", ouviu a Folha. Os rebeldes do PMDB não pareciam amedrontados. "Se o PFL insistir em votar na semana que vem, o governo sofrerá uma derrota", diz o senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB). (CR e MS) Texto Anterior: PMDB quer trocar reeleição por fidelidade Próximo Texto: Temer é alvo de críticas em jantar na casa de Roseana Índice |
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