São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997 |
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DANIELA FALCÃO
O analfabetismo absoluto na região caiu de 34% da população adulta em 1960 para 16% em 1987. Em 1980, havia 44,3 milhões de analfabetos na América Latina. Em 1990, o número de adultos que não sabiam ler nem escrever caiu para 42,8 milhões. Guatemala, El Salvador e Honduras lideram o ranking de analfabetismo entre os países da América Latina e Caribe. Mais de 28% da população adulta desses três países não sabe ler nem escrever. Em situação oposta estão Guiana (2,7% de analfabetos), Uruguai (3%), Argentina (4%), Cuba (4,8%) e Costa Rica (5,5%). Evasão e repetência Dos 9 milhões de alunos que ingressam na escola com 6 ou 7 anos na América Latina, 4 milhões (42%) fracassam na 1ª serie. A média latino-americana de repetência nos seis primeiros anos de escola chega a 30% do total de alunos matriculados. Ou seja, a cada ano, cerca de 20 milhões de alunos são reprovados. Eles custam aos países da região US$ 2,5 bilhões por ano -quase um terço do gasto público com educação fundamental na América Latina, que é de US$ 7,5 bilhões. Segundo o documento que será assinado amanhã, os altos índices de repetência e de evasão são os principais indicadores da baixa qualidade do ensino na América Latina. O documento aponta que o ensino ruim é resultado do crescimento do número de alunos matriculados ao longo da década de 80, ao mesmo tempo em que ocorreu "drástica queda no gasto público com educação em relação ao PIB". Isso resultou em queda nos salários dos professores, corte de verbas para investigação de novos métodos e queda na qualidade do ensino. (DF) Texto Anterior: Brasil tem 16 milhões de analfabetos Próximo Texto: Meningite infecta 30 no interior de SP Índice |
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