São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997
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Audiência não consegue acordo

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

Até as 19h30 de ontem ainda não havia definição sobre a continuidade da greve dos motoristas e cobradores em São Paulo.
Trabalhadores e empresários discutiam proposta feita pelo juiz Floriano Corrêa Vaz da Silva, que presidia a audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
Segundo a proposta, os empregados receberiam R$ 200 a título de participação nos lucros, sendo R$ 150 pagos em 5 de fevereiro (referentes a 96) e R$ 50 (adiantamento de 97), pagos em 4 de abril.
O presidente do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus, José Alves do Couto Filho, o Toré, disse que, caso não houvesse acordo, a paralisação continuaria independentemente de decisão do TRT sobre a legalidade da greve.
Os trabalhadores alegam que as empresas de ônibus lucraram R$ 33,6 milhões por erro na planilha de custo. O tíquete refeição pago pela prefeitura é calculado, segundo o sindicato, como se cada ônibus fosse operado por 6,5 trabalhadores. O sindicato diz que os ônibus funcionam com cinco e as empresas ficaram com a diferença.
Os empresários dizem que isso não é verdade. Eles alegam que tiveram prejuízo por causa da diminuição de 10% no número de passageiros em 96. O sindicato insinuou que as empresas teriam interesse na greve para pressionar a prefeitura por aumento da passagem ou do subsídio. As empresas negam.

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