São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo pede recursos a empresários
FREDERICO VASCONCELOS
A iniciativa gerou reações distintas. A questão não é pacífica e há críticas ao casuísmo. Mas o campo é fértil para o apoio pretendido. O pragmatismo do empresariado já deu mostras de que, quando convém, dinheiro não falta nem para candidatos não-afinados com os interesses do capital. O mesmo realismo aponta para certo receio, pois, se essa coleta está sendo feita agora, com tal eficiência e desenvoltura, alguns empresários questionam qual será o nível de requisição se o processo caminhar para um plebiscito. As resistências são reduzidas graças ao fato de que os empresários temem mudanças bruscas, riscos ao plano que debelou a inflação, e querem afastar aventuras eleitorais mais distantes. É certo, também, que boa parte do empresariado aprova a reeleição e está sempre disponível para uma aproximação com o governo. Essa primeira ofensiva ainda estaria circunscrita a entidades de classe e grandes grupos empresariais -setor financeiro, multinacionais e indústrias com forte presença no mercado externo. Representantes de pequenas e médias empresas imaginam-se "excluídos" nessa primeira fase de passagem de chapéu, entendendo que, para esse segmento, o Plano Real representou dificuldades e fechamento de muitas empresas. Mesmo assim, se convocados, deverão apoiar o projeto da reeleição "na medida do possível". Texto Anterior: PSDB e PFL buscam doações de R$ 1,1 mi Próximo Texto: PT vai recorrer à Justiça contra campanha Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |