São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997
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Limeira confirma surto de meningite

LUCIANA CONSTANTINO
DA FOLHA CAMPINAS

A Secretaria Municipal da Saúde de Limeira (156 km de São Paulo) confirmou ontem a existência de um surto de meningite viral na cidade por causa do aumento do número de casos da doença em relação ao ano passado.
Segundo dados da secretaria, foram confirmados este mês 18 casos de meningite, dos quais 13 são do tipo viral, 4 bacteriana e 1 meningocócica.
Em janeiro de 96, o município teve três casos da doença.
A meningite meningocócica é considerada a mais grave e tem vacina para os tipos A e C.
Na região de Campinas (99 km de São Paulo) foram registrados 31 casos da doença em cinco cidades, resultando em três mortes. Do tipo meningogócico foram confirmadas três ocorrências.
Ontem pela manhã, o secretário municipal da Saúde, Joaquim Nogueira da Cruz Neto, técnicos da DIR (Direção Regional de Saúde) de Piracicaba (170 km de São Paulo) e médicos se reuniram para discutir sobre a doença e diagnóstico precoce.
Segundo o diretor do Departamento de Medicina Preventiva de Limeira, Marco Antonio Pereira Francisco, 41, a secretaria vai encaminhar para exames no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, o liquor (líquido retirado da medula espinhal) dos pacientes para isolar o tipo de vírus que está provocando a doença.
"O resultado deve ficar pronto em dois meses e vai auxiliar o departamento de saúde a direcionar a conduta de diagnóstico e tratamento", afirmou.
A chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da DIR, Gláucia Perecin, disse que os casos registrados estão tendo uma boa evolução.
O diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Julio Cesar de Magalhães Alves, 45, disse que a investigação dos casos em Limeira está sendo realizada a contento.
"Não há sistemas específicos de controle para a meningite viral. A letalidade deste tipo da doença é muito pequena. Como os casos estão sendo bem acompanhados, estamos tranquilos."
A incidência de meningite é mais comum no inverno, por causa de aglomerações de pessoas em lugares fechados, que facilitam a transmissão pelo ar.
A doença causa inflamação da membrana que cobre o encéfalo e a medula espinhal. Os principais sintomas são rigidez na nuca, febre e vômito.

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