São Paulo, sábado, 25 de janeiro de 1997
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Grupo Galpão leva releitura de Molière ao Festival de Curitiba

Companhia monta 'Molière - A Comédia Imaginária'

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A montagem de "O Doente Imaginário", do dramaturgo Molière (1622-1673), pelo Grupo Galpão, de Belo Horizonte, fará um retrospecto da vida e da morte do autor.
O ator Chico Pelucio, 37, explica que, nesta versão, que estréia em março e vai participar do Festival de Teatro de Curitiba, o grupo não fará uma adaptação do texto original, mas uma "homenagem".
A nova versão, escrita por Cacá Brandão, principia com o cortejo fúnebre de Molière, que morreu no palco quando interpretava exatamente "O Doente Imaginário".
Segundo Pelucio, Molière não recebeu sacramento ao morrer e, por determinação das autoridades, foi enterrado à noite em uma vala comum destinada aos suicidas e crianças sem batismo.
Defungo
Após o enterro, o defunto renasce e remonta sua peça. Durante o espetáculo, ele reaparece diante dos espectadores para explicar sua história e as razões que o levaram a escrever suas comédias.
"Cada peça que ele escreveu representa um momento de sua vida. 'O Doente Imaginário', por exemplo, foi escrita quando ele já estava doente e teve de passar pelos tratamentos usados na época."
A montagem inclui ainda músicas compostas especialmente para o Galpão. O cenário de "Molière - A Comédia Imaginária" se concentra em torno de uma carroça.
A escolha de adaptar Molière faz parte das comemorações de 15 anos do Galpão, fundado como um grupo mambembe.

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